Congresso do PSD-M Madeira

Calado destaca o sucesso das coligações com o CDS

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"No passado mês de setembro de 2021, iniciamos um processo de reconquista dos nossos valores. Unimo-nos! Sentimos a responsabilidade de trabalhar com o Povo e para o Povo. Fomos para a rua e falamos com as pessoas, de forma séria e de forma responsável", afirmou Pedro Calado, numa das intervenções mais aguardadas no congresso.

O presidente da Câmara do Funchal destacou o facto de ter sido necessário aceitar "o desafio de sair de lugares confortáveis e com relevo politico, dando a cara pelo incerto, pela luta, pelo trabalho, pelo nosso Partido". Foi assim que ganhou a principal autarquia da Região.

"Ganhámos as eleições com maiorias, na Câmara, nas Juntas de Freguesia, nas Assembleias de Freguesia, na Assembleia Municipal", recordou.

Vitória que permitiu derrubar "o socialismo da nossa Capital e afastamos da Madeira aqueles que julgavam ter tomado a nossa Cidade e a nossa Região de assalto! Julgavam que vinham de cuba, dar lições de moral e instalar o poder centralizador de Lisboa, na nossa Terra."

Só com "união interna, com muito trabalho, lealdade e dedicação às causas", será possível ganhar as próximas e decisivas eleições.

"Depois de todos estes resultados, há que olhar para a frente e preparar muito bem 2023 e depois pensar 2025. Teremos agora um novo ciclo político. Uma nova forma de nos relacionarmos com o Governo da República".

A partir de agora, diz, com um governo de maioria absoluta, "não há mais desculpas para António Costa não resolver os problemas da Madeira".

Para Pedro Calado, é a altura certa para colocar em cima da mesa de negociações, "de forma muito elevada, determinada, e profissional, temas como a Revisão da Lei das Finanças Regionais".

É urgente e prioritário, para Pedro Calado, "criarmos o “nosso” sistema fiscal regional; alterar o método de cálculo do IVA; Corrigirmos a forma de cálculo e determinação do Fundo de Coesão: alargar o Fundo de coesão para áreas como a saúde e educação"

Para que o PSD concretize os seus objectivos, diz, o PSD tem de ser pragmático e saber ler a nova realidade.

"Não queremos certamente, falar destes temas, estando sentados no lado da oposição. O xadrez político está muito diferente. Temos de saber ler e aceitar as novas realidades".

O futuro, diz, tem de ser preparado agora, com humildade e com inteligência.

"Sejamos pragmáticos: vejam bem o que aconteceu ao nosso partido em 2013 nas autárquicas (depois das internas); O que aconteceu em 2015 nas Regionais (por um deputado apenas, tivemos a maioria); O que aconteceu nas autárquicas de 2017; O que aconteceu nas Regionais de 2019 (maioria já só com Coligação); A alternativa, teria sido ficar na oposição e hoje não estaríamos aqui, certamente. Pelo menos desta forma! Finalmente em setembro de 2021, demos a volta por cima e iniciamos uma reviravolta, de transformação política na nossa Região. Éramos oposição na maior Autarquia da Madeira. Na nossa Capital. No Funchal – ganhamos com coligação", explicou ao Congresso.

Calado diz que o partido soube colocar de parte, "guerras de umbigos" e soube respeitar as dinâmicas e valores, "quer do PSD, quer do CDS".

"Precisamos de uma maioria parlamentar estável. Tudo o que for menos do que isso não interessa", afirmou.

Calado terminou com um pedido a Miguel Albuquerque.

"Analise muito bem a realidade atual, e decida como sempre o fez: com inteligência, com racionalidade, sem emoção e sem coração mole. Respeitando todos, respeitando o partido, mas acima de tudo, criando condições para sermos governo e poder e não para sermos oposição".