Turquia aumentará esforços para parar "ataque injusto e ilegal" à Ucrânia
A Turquia aumentará os esforços para acabar com o "ataque injusto e ilegal" da Rússia à Ucrânia, afirmou hoje em Baku o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Çavusoglu, numa conferência de imprensa com o homólogo azeri, Ceyhun Bayramov.
"Seguimos com preocupação a evolução da situação na Ucrânia. Como todos os outros, somos, por princípio, contra a mudança da unidade territorial dos países através do uso da força", disse Çavusoglu.
"Queremos que se ponha fim o quanto antes a este ataque injusto e ilegal e vamos aumentar os nossos esforços nesse sentido", insistiu o ministro.
Bayramov invocou também a necessidade do recurso ao diálogo para resolver o conflito na Ucrânia, destacando que o Azerbaijão atua em conjunto com a Turquia para promover uma solução diplomática.
Baku enviou para a Ucrânia, através da Polónia, dois aviões carregados com 5,5 milhões de euros de material médico, acrescentou o ministro.
Ambos os países continuam, também, os seus esforços para evacuar e repatriar os seus cidadãos.
Çavusoglu expressou a esperança de que o cessar-fogo temporário, anunciado pela Rússia, mas não implementado, permitisse que os turcos retidos em algumas regiões fossem resgatados, seja pelo oeste da Roménia ou pela Rússia.
Esta posição acontece depois do anúncio de que o presidente turco vai pedir ao seu homólogo russo, num telefonema a fazer no domingo, que Vladimir Putin "ponha fim imediato à guerra" e vai oferecer-se para acolher negociações entre Rússia e Ucrânia, conforme anunciado hoje pelo seu porta-voz.
"O Presidente [Recep Tayyip Erdogan] vai transmitir a mensagem que temos repetido desde o início: é preciso acabar com esta guerra imediatamente, dar uma hipótese ao cessar-fogo e a negociações, estabelecer um corredor humanitário e realizar as evacuações", disse o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin, numa entrevista ao canal privado turco NTV.
Erdogan também vai apelar a que se iniciem conversações "ao nível dos dirigentes" entre a Rússia e a Ucrânia, que "podem acontecer na Turquia", adiantou o porta-voz.