"Governo Regional insiste nas políticas erradas do passado", diz Sérgio Gonçalves
O presidente eleito do Partido Socialista-Madeira (PS-M) acusou, hoje, dia 5 de Março, o Governo Regional de "insistir nas mesmas políticas erradas do passado, apesar das sucessivas crises e das dívidas criadas pela governação social-democrata, que resultaram numa herança pesada para os madeirenses e porto-santenses".
No decorrer das Jornadas Parlamentares do PS, que aconteceram esta manhã, Sérgio Gonçalves fez uma retrospectiva das opções dos sucessivos governos regionais, recordando que, "depois de a Região ter passado pela crise financeira de 2008, em 2011 foi descoberta a dívida escondida de mais de seis mil milhões de euros, que obrigou a que a Madeira fosse submetida a um Plano de Ajustamento Económico e Financeiro e que faz com que, por ano, a Região tenha de pagar cerca de 600 milhões de euros (o equivalente a 30% do Orçamento Regional) só para o serviço da dívida".
O surgimento de uma nova crise - com a pandemia - veio evidenciar, para o socialista, que "a economia da Madeira não se tinha tornado mais resiliente nem mais robusta".
Segundo afirmou Sérgio Gonçalves, agora, "com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e com instrumentos à disposição do Governo Regional, como é o caso da Lei de Finanças Regionais, que permite reduzir os impostos em relação às taxas do continente em 30%, vemos que as opções têm sido as mesmas”.
“Temos as mesmas opções em termos de investimento público, alocando tudo aquilo que são projetos regionais do PRR a investimento público e não vemos apoio às empresas”, lamentou o líder eleito do PS-M, acusando também o Governo Regional de "não reduzir os impostos em sede de IVA e IRS, de não criar o plano de contingência para o aeroporto e não criar incentivos para a atração de novas rotas aéreas".
“Todas estas medidas são apenas alguns exemplos daquilo que deveria ser executado e implementado e, infelizmente, não vemos o Governo Regional a praticar políticas diferentes daquelas que praticou nas últimas décadas”, sustentou.
O também deputado lembrou que "nos últimos 10 anos a Região perdeu cerca de 17 mil pessoas" e alertou que “não podemos continuar a ser uma terra de emigração”.
“É uma situação que tem de ser invertida com uma mudança de políticas que, infelizmente, nós não vemos neste Governo Regional”, reforçou.