Madeira

Rui Caetano acusa PSD de fazer dívida e hipotecar futuro dos madeirenses

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O líder parlamentar do PS-Madeira veio criticou, hoje, o percurso trilhado pelos sucessivos governos do PSD na Região Autónoma da Madeira (o último dos quais em coligação com o CDS), apontando que "a dívida criada hipotecou o passado, o presente e o futuro da Madeira e dos madeirenses".

Na abertura das Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem ao longo desta manhã de 5 de Março, na Assembleia Legislativa da Madeira, Rui Caetano disse que "ainda hoje os madeirenses e os porto-santenses estão a pagar a estratégia completamente errada dos sucessivos governos regionais, que teve como resultado uma dívida escondida, feita nas costas da população e que colocou em causa a sua qualidade de vida".

No seu entender, "o PSD montou um modelo de desenvolvimento baseado na dívida descomunal" e, conforme aponta, "só este ano, o Orçamento Regional tem destacado para pagamento de dívida 600 milhões de euros (cerca de 30% do orçamento)".

Rui Caetano nota que a "herança" deixada pelo PSD - "depois dos milhões e milhões de euros que a Região recebeu da União Europeia, dos Orçamentos do Estado e dos impostos dos contribuintes madeirenses" - foi a de "região com o maior índice de risco de pobreza e exclusão social e com o menor poder de compra"

"Muitos milhares de pessoas, apesar de terem trabalho, não conseguem sair das bolsas de pobreza", vinca, referindo a título de exemplo que "quase 90% dos salários dos madeirenses se aproximam do valor do salário mínimo".

Por outra lado, constata que "a falta de condições de vida na Região levou, inclusivamente, a que cerca de 17 mil pessoas tenham emigrado na última década.

Outro problema da governação social-democrata, segundo Rui Caetano, prende-se com "a falta de investimento na qualificação da população". "Actualmente existem cerca de 10.500 jovens entre os 16 e os 34 anos que não estudam, não trabalham nem praticam qualquer actividade", referiu.

O dirigente socialista acusou, ainda, o Governo Regional de ser "negacionista" e de "querer esconder a realidade que é vivida pelos madeirenses".

Por oposição, afirmou que "o PS defende um modelo de desenvolvimento que garanta a autonomia das pessoas e quer colocar a Autonomia ao serviço da qualidade de vida dos madeirenses e não ao serviço dos interesses político-partidários".