Federação de ténis de mesa oferece instalações a atletas ucranianos
A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) anunciou hoje que disponibilizou o Centro de Alto Rendimento em Vila Nova de Gaia "a todos os atletas e treinadores da Ucrânia", dada a investida militar russa naquele país.
Num comunicado em que se manifesta "solidária" com a federação ucraniana, a FPTM disponibiliza as instalações em Gaia, no distrito do Porto, "a todos os atletas e treinadores da Ucrânia que se encontram em trânsito ou em preparação para provas internacionais".
O presidente Pedro Moura, de resto, assumiu também esta semana a liderança interina da União Europeia de Ténis de Mesa (ETTU, na sigla inglesa), que suspendeu a inscrição de atleta russos e bielorrussos em provas internacionais, uma diretiva cumprida no torneio de jovens a decorrer até domingo em Vila Real.
"Pedro Moura relembrou numa missiva enviada a Alexander Zatz [líder federativo ucraniano] que Portugal sempre acolheu cidadãos da Ucrânia e os dois países mantiveram ao longo dos anos relações de proximidade, motivo pelo qual os portugueses têm acompanhado com grande preocupação e apreensão os desenvolvimentos da situação atual", pode ler-se no comunicado.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.