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Maduro aumenta em mais de 1.700% salário mínimo

Foto EPA/STR
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento de mais de 1.700% do salário mínimo dos venezuelanos que passam a receber o equivalente a 0,50 petros, a criptomoeda venezuelana, mensais.

"Aprovado meio petro como salário mínimo. O salário mínimo dos trabalhadores subirá 'meio' petros, com impacto todas as tabelas salariais", disse, na quinta-feira, o governante, no "II Congresso da Classe Obreira Jesus Chino Khan", transmitido pela televisão estatal venezuelana.

O político explicou que o país vai ter "um plano de recuperação do salário mínimo nacional, de todas as tabelas salariais e contratos coletivos, de forma sustentável, controlando a inflação para que esta não dispare, controlando a taxa de câmbio e gerindo as coisas e chegou o momento".

Maduro indicou que o subsídio de alimentação será de 45 bolívares digitais (BsD, equivalente a 9,36 euros), a moeda local.

Por outro lado, Nicolás Maduro pediu ao ministro do Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, que nas próximas 72 horas apresente propostas para criar o Banco dos Trabalhadores Digital.

De acordo com a página 'online' do Banco de Venezuela, a cotação da criptomoeda local Petro é de 252,64 BsD (52,35 euros), pelo que o novo salário mínimo dos venezuelanos é equivalente a 26,275 euros.

Desde maio passado que os venezuelanos recebiam 10 BsD (2,08 euros) de salário mínimo, com os subsídios incluídos.

Segundo o Banco Central da Venezuela, no ano passado, o país registou 686,4% de inflação.

Tomar um café na Venezuela custa à volta de 1,20 euros. Comprar um quilograma de queijo amarelo custa entre 15,42 e 19,05 euros, o quilograma de fiambre mais de 10 euros. Uma caixa de uma dúzia de ovos custa aproximadamente três euros e meio quilograma de massa 1,5 euros. A carne de vaca mais barata tem um preço aproximado de cinco euros.