Comité Paralímpico Internacional exclui atletas russos e bielorrussos
Russos e bielorrussos não poderão participar no Campeonato do Mundo de Natação Adaptada na Madeira, em Junho.
O Comité Paralímpico Internacional (IPC) decidiu excluir a Rússia e a Bielorrússia de todas as competições mundiais e regionais das 10 modalidades desportivas sob a sua alçada, foi hoje anunciado.
Aquele comité considera ainda inviável a opção de russos e bielorrussos competirem como "atletas neutros" e refere a experiência recente nos Jogos Paralímpicos de Inverno, em que muitos países ameaçaram não participar se eles competissem.
Numa nota enviada às federações, a que a agência Efe teve acesso, o conselho do IPC considera que esta é "a única decisão possível (e menos restritiva), dadas as circunstâncias sem precedentes e de emergência" que enfrentam atualmente.
Com esta decisão, o IPC pretende manter os "fins fundamentais" consagrados na sua constituição, entre os quais se destacam o fomento do espírito de 'fair play', a proibição da violência e a coexistência pacifica das nações.
As competições em que russos e bielorrussos não poderão participar referem-se ao atletismo, natação, snowboard, tiro, levantamento do peso, dança desportiva, hóquei no gelo, esqui alpino, biatlo e esqui cross-country.
A decisão tomada pelo IPC é "provisória e pode ser revogada ou modificada a qualquer momento, se a situação mudar", pelo que é uma medida que permanecerá em constante revisão pelo conselho de administração do CPI.
Entre os grandes campeonatos de 2022 em que atletas russos e bielorrussos não poderão participar, está o Campeonato do Mundo de Natação Adaptada na Madeira, de 12 a 18 de junho, no Complexo de Piscinas Olímpicas, localizado na Penteada.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.