“As pessoas são livres de protestar”
Reacção de Albuquerque sobre o buzinão convocado para esta tarde à porta da Quinta Vigia
O presidente do Governo Regional minimiza o protesto contra o aumento dos preços e custo de vida na Madeira, a ser feito em forma de buzinão, convocado para as 18 horas à porta da Quinta Vigia.
“As pessoas são livres de protestar” diz Miguel Albuquerque, que reconhece que as crises energéticas, com particular impacto no aumento dos combustíveis, implicam maior esforço e algum sacrifício. “Sobretudo para empresas isto tem uma grande repercussão nos preços”, alega.
À margem de visita a uma empresa sedeada no Funchal, diz que o pior é a espiral inflacionista. “É mau porque a inflação é um imposto indirecto sobre as pessoas”, sendo que estamos “a atravessar um período muito difícil, um período de guerra na Europa que no fundo é a tempestade perfeita. No pós pandemia já tínhamos a subida dos preços nas matérias primas, agora associada à questão energética e à espiral inflacionista”, constata.
Buzinão na Quinta Vigia? "Se for para dar a cara não alinham"
Fernão Rodrigues diz que “não vale a pena” comparar os preços dos combustíveis da Madeira aos de Portugal continental.
Lembra que a subida do preço do petróleo é “consequência da guerra na Ucrânia e também consequência da Europa e sobretudo os países do centro da Europa, designadamente a Alemanha, não terem avançado mais rapidamente no mercado da energia, como sempre defendi”.
O resultado dessa dependência da Rússia tem agora este reflexo inflacionista, embora reafirme que “aqui tenho feito o possível para manter os preços mais baixos do que no continente”. Reitera que aguarda “a decisão do Governo nacional que o primeiro-ministro anunciou, de estar à espera de autorização da União Europeia para reduzir o IVA para 12% sobre os combustíveis”, mas avisa que essa redução desejada “será sempre uma redução temporária”.