A Guerra Mundo

Separatistas reclamam controlo de grande parte do leste ucraniano

Foto: EPA/YURI KOCHETKOV
Foto: EPA/YURI KOCHETKOV

Separatistas pró-russos da região ucraniana de Donbass disseram hoje que controlam quase todo o território da autoproclamada república de Lugansk e mais de metade do de Donetsk, uma das prioridades militares das forças que invadiram a Ucrânia. 

"A 31 de março de 2022 de manhã (hoje), mais de 90% do território da República Popular de Lugansk foi libertado", disseram hoje representantes do território cuja "independência" foi reconhecida pela Rússia dias antes da invasão militar. 

Na quarta-feira, Denins Pouchiline, dirigente separatista de Donetsk afirmava que "cerca de 55% a 60%" do território desta região ucraniana já estava sob controlo russo. 

As declarações dos separatistas não puderam ser verificadas por fontes independentes. 

Após o início da invasão, a 24 de fevereiro, os separatistas, em guerra contra o Governo da Ucrânia desde 2014, controlavam um terço de cada uma das duas regiões: 8.900 quilómetros quadrados dos 26.500 km2 de Donetsk e 8.400 km2 de toda a zona de Lugansk com 26.700 km2. 

Na região de Donetsk, Mariupol foi severamente atingida pelos ataques das forças russas, que cercam a cidade há semanas.

O presidente da Chechénia, Ramzan Kadyrov, que enviou milhares de efetivos para Mariupol, disse que 90% a 95% da cidade portuária do Mar Negro se encontra sob controlo russo.

De acordo com Kadyrov, os últimos defensores da cidade estão entrincheirados na fábrica metalúrgica Azovstal no leste da cidade.  

Um cessar-fogo deve entrar em vigor hoje na cidade para que dezenas de milhares de civis possam abandonar o cerco.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.