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Irão critica sanções norte-americanas contra o seu programa de mísseis

Foto saeediex/Shutterstock.com
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O governo do Irão criticou hoje as novas sanções norte-americanas contra o seu programa de mísseis balísticos e afirmou que estas mostram o "mal" dos Estados Unidos em relação ao povo iraniano.

"Este movimento é outro sinal da maldade do governo dos EUA contra o povo iraniano", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irão, Said Khatibzade, em comunicado.

O diplomata acrescentou que é a "continuação da política fracassada de pressão máxima" contra o seu país e uma violação do acordo nuclear de 2015.

"Os Estados Unidos continuam a violar a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU (sobre o acordo)", disse o porta-voz.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou na quarta-feira novas sanções contra fornecedores do programa de mísseis balísticos do Irão, considerando que representa "uma séria ameaça à segurança internacional" e em resposta aos recentes ataques contra o Iraque e a Arábia Saudita.

Entre os sancionados está a rede liderada por Mohamad Ali Hoseini, que inclui as empresas Sina Composite Delijan e Parchin Chemical Industries, fornecedoras de materiais para o programa de mísseis da Guarda Revolucionária Islâmica e da Organização das Indústrias de Defesa do Irão.

As sanções adotadas são produzidas após o ataque com mísseis iranianos a Erbil (Iraque) em 13 de março, e dos Huthis iemenitas, apoiados por Teerão, contra uma instalação petrolífera na Arábia Saudita.

As novas sanções ocorrem quando as negociações para restaurar o pacto nuclear de 2015 que limitou o programa nuclear em troca do levantamento das sanções estão paralisadas.

O chanceler iraniano, Hosein Amir Abdolahian, afirmou recentemente que entre as pendências mais importantes para salvar o acordo estão as sanções à Guarda Revolucionária, órgão militar sancionado pelos Estados Unidos desde 2019.