EUA e UE juntos para garantir que Putin vai prestar contas pela invasão
Representantes do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) reuniram-se em Washington na quarta-feira e comprometeram-se a trabalhar em conjunto para que o Presidente russo preste contas pela invasão da Ucrânia.
O secretário-geral adjunto e diretor político do Serviço Europeu de Ação Externa, Enrique Mora, e a subsecretária para os Assuntos Políticos do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, deram início a um novo diálogo de alto nível na capital dos EUA, que terá agora lugar uma ou duas vezes por ano.
Nuland escreveu na rede social Twitter que os EUA e a UE estão com a Ucrânia e continuarão a trabalhar em conjunto para que o Presidente russo, Vladimir Putin, "preste contas pela sua guerra mortífera e sem sentido".
Na reunião, Mora e Nuland discutiram como os EUA e a UE irão trabalhar para localizar crimes de guerra, partilhar informações e utilizar "todas as ferramentas à sua disposição" para responsabilizar os perpetradores, afirmaram numa declaração conjunta.
Por outro lado, discutiram outras medidas para "isolar ainda mais a Rússia" das economias dos EUA e da UE, bem como do sistema financeiro internacional.
Sobre a China, Mora e Nuland salientaram que ambos os países continuarão a instar Pequim a não contornar as sanções contra a Rússia e a não dar qualquer apoio a Moscovo.
Mora e Nuland concordaram em continuar o diálogo até ao final de 2022.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.