Volodymyr Zelensky discursa perante o Congresso espanhol em 5 de Abril
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai discursar, por videoconferência, no Congresso de Espanha em 05 de abril, revelou a presidente da câmara baixa do parlamento, Meritxell Batet.
O ato, onde os senadores espanhóis também poderão participar, terá, além da intervenção de Zelensky, discursos da própria presidente do Congresso dos Deputados, Meritxell Batet, e do chefe do governo, Pedro Sánchez.
Meritxell Batet revelou à imprensa, após uma reunião da mesa do Congresso, que a sessão terá a duração de 30 minutos, por motivos de segurança e dificuldades de ligação por Internet.
A intervenção do chefe de Estado ucraniano, que ocorrerá às 16:00 [15:00 de Lisboa] de 05 de abril, será semelhante a outras já realizadas em outros parlamentos, como nos Estados Unidos, Itália, Reino Unido ou Alemanha.
Em 15 de março, Meritxell Batet tinha enviado uma carta a Zelensky a convidar o governante a comparecer no Congresso e a expressar o seu reconhecimento e admiração pela "luta decidida dos cidadãos ucranianos em defesa de sua liberdade e soberania "diante da agressão militar injustificada" da Rússia contra a Ucrânia.
Para Batet o discurso de Zelensky será uma "magnífica oportunidade" para o parlamento e todos os espanhóis, bem como para os milhares de cidadãos ucranianos residentes em Espanha, poderem ouvir a mensagem do Presidente ucraniano e expressar o seu mais forte apoio.
A presidente do Congresso acrescentou ainda que a recetividade de Zelensky foi "máxima" e que este aceitou imediatamente o convite para falar no parlamento espanhol.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.