Madeira

Iniciativa Liberal diz que valor da dívida "dava para construir quase 11,5 aeroportos"

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"Em 2011 a dívida da Madeira, ou melhor, do Governo Regional era superior a 6 000 000 000 (6 mil milhões de euros). O número indicado pelo Ministro das Finanças da altura, Vítor Gaspar (PSD), era de 6 328 000 000, onde se inclui dívida às autarquias e ao Sector Empresarial autárquico. Governos liderados pelo PSD Madeira foram os responsáveis por uma dívida que representava, na altura, 123% do PIB regional e 927% da receita fiscal. Quase metade da dívida (47%) era relativa às empresas públicas regionais", diz a Iniciativa Liberal Madeira em comunicado. 

Refere ainda que "parte desta dívida, acima dos mil milhões de euros, estava 'perdida' algures".

Recorda que "o relatório do Tribunal de Contas concluiu que essa dívida escondida resultara de um acto consciente, praticado por cinco membros do Governo Regional: Santos Costa, antigo secretário do Equipamento Social, o seu chefe de gabinete, Ricardo Reis, o secretário do Plano e Finanças, Ventura Garcês, a directora do gabinete de Controlo e Gestão Orçamental e ainda o director regional de orçamento e contabilidade".

  Foram todos constituídos arguidos no processo".
Iniciativa Liberal 

Acrescenta ainda que "O TdC encontrou 1.878 facturas 'escondidas' relativas a obras efectuadas entre 2003 e 2010".

Convenções rodoviárias, obras sem cabimento orçamental, um bolo que envolvia, entre outros o SESARAM. O nome da operação montada pelo DCIAP era uma ironia: 'Operação Cuba Livre". Iniciativa Liberal

Refere também que "face à dívida, a Madeira teve que pedir ajuda ao Governo Central", tendo, assim, sido "assinado um plano de resgate, conhecido por todos como PAEF, que, entre outras coisas, subiu os escalões do IVA para números nunca vistos e acrescentou aos combustíveis uma taxa de 15%".

"O inquérito à dívida foi arquivado, mas isso não fez com que ela desaparecesse. Continua aí, a nos prejudicar o dia-a-dia. Somos nós, os contribuintes madeirenses, que a continuamos a pagar. Sempre que compramos algo, sempre que abastecemos a nossa viatura, por exemplo", sustenta.

A gestão da dívida de 2011 não representa a primeira vez que a Madeira tem de recorrer à asa do Estado. Em Fevereiro de 1986 foi assinado o PRFRAM (Programa de Reequilíbrio Financeiro da Região Autónoma da Madeira). Em Setembro de 1989, três anos depois, é assinado um novo PRFRAM, novamente com um Governo de Cavaco Silva. Vigorou durante 8 anos, até ao final de 1997. Em 1998 assina-se mais um acordo, que perdoa 110 milhões de contos de dívida da Madeira. 75% do valor total".  Iniciativa Liberal

A Iniciativa Liberal Madeira começou a publicar algumas comparações do custo de obras que estão a ser executadas, ou em vias de o serem, com o valor da dívida que os contribuintes estão a pagar e que, segundo o partido, se deve "às péssimas políticas de investimento público feitas pelo PSD, enquanto Governo".

Passamos hoje pela construção/requalificação do Aeroporto, que teve um custo de 550 milhões de euros". Iniciativa Liberal


E conclui: "Sabia que, com o valor da dívida, dava para construir quase 11,5 aeroportos?".