Bombardeamento em aeródromo militar deixa cidade sem 'stock' de combustível
As forças russas bombardearam hoje o aeródromo militar de Starokostiantyniv, no oeste da Ucrânia, destruindo completamente todos os 'stocks' de combustível da cidade, disse o presidente da Câmara local, Mykola Melnychuk.
"Temos sido bombardeados com mísseis desde o primeiro dia da guerra, mas hoje o ataque foi muito grave e causou danos significativos. Os ocupantes [russos] destruíram completamente todas as reservas de combustível e lubrificantes disponíveis na cidade", escreveu o funcionário local na rede social Facebook.
No entanto, acrescentou que este novo bombardeamento não causou quaisquer baixas.
Vários ataques ocorreram hoje noutros locais da Ucrânia, o dia em que as negociações entre Moscovo e Kiev foram retomadas na Turquia.
No sul, em Mykolaiv, pelo menos sete pessoas morreram e 22 ficaram feridas num ataque ao edifício da administração regional, após vários dias de suspensão dos bombardeamentos.
As tropas russas também dispararam mais de 40 mísseis e foguetes em 24 horas em zonas residenciais de Kiev, destruindo mais de 550 alvos, anunciou a administração militar regional na rede social Telegram.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.