Israel prende 12 suspeitos de ligação aos últimos ataques do Estado Islâmico
A polícia israelita, numa operação conjunta com o Serviço de Segurança Interno (Shin Bet), prendeu hoje 12 pessoas com alegadas ligações ao grupo Estado Islâmico que reivindicou recentes ataques em Israel causando a morte de seis pessoas.
"As tropas ???????fizeram rusgas a casas de 12 suspeitos de pertencerem à organização terrorista Estado Islâmico. Durante a operação foram também detetados elementos que apoiavam a organização terrorista", disse o porta-voz da polícia.
A operação decorreu nas localidades árabes de Wadi Ara, perto da cidade de Hadera, onde se registou o último ataque, no domingo.
Os atacantes abrirem fogo contra oficiais da Polícia de Fronteira israelita matando dois e ferindo três antes de serem abatidos por agentes que se encontravam na zona, vestidos com roupas civis.
As prisões ocorrem após o anunciou do primeiro-ministro, Naftali Benet, sobre o reforço de medidas de segurança para que sejam evitados mais ataques.
Uma das medidas foi a implementação do polémico decreto sobre detenções administrativas que, em geral, é utilizado contra palestinianos na Cisjordânia e que mantém os suspeitos presos sem culpa formada ou julgamento por períodos que são renovados de três em três meses ou semestralmente.
Geralmente a culpa é formulada em "provas que são mantidas como secretas" pelas autoridades israelitas.
"O primeiro-ministro Benet enfatizou que esta nova situação requer que os serviços de segurança se preparem e adaptem às circunstâncias em que segmentos extremistas árabes, conduzidos por uma ideologia islamista extrema, se dedicam ao terrorismo contra as pessoas", disse na segunda-feira o porta-voz do chefe do Executivo, após terem sido anunciadas as novas medidas.
O ataque de domingo e a morte de quatro civis, apunhalados, na semana passada, foram levados a cabo por cidadãos árabes de Israel, uma circunstância pouco habitual.