A guerra e a pandemia continuam
A semana passou meio devagar, em Lisboa, pois ficou quase toda ela nublada, a não ser no seu final. Por uns três dias, a areia do Saara cobriu parte da Europa, vindo com o vento forte e, além de encobrir o sol, cobriu tudo com uma fina camada. Às vezes nem tão fina. Aproveitei para ver o noticiário, internacional e brasileiro, para saber como está indo a guerra criminosa de Putin contra a Ucrânia e a pandemia pelo mundo. O ditador continua bombardeando cidades da Ucrânia, matando civis inocentes, mirando justamente hospitais, creches, escolas e prédios residenciais, além das instalações militares, é claro. A guerra que Putin detonou sem justificativas, sem provocação por parte da Ucrânia, já dura quase um mês. No seu 21º dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou Vladimir Putin, da Rússia, de "criminoso de guerra". Não há dúvida nenhuma de tal crime, que Putin chama de “operação militar especial”. Biden fez o comentário após anunciar uma ajuda militar de mais US$ 800 milhões para os ucranianos.
A guerra continua, a pandemia continua, mas a gente tem que seguir em frente. Precisamos ter algum cuidado, ainda, com certeza, pois há gente morrendo e muito contágio ainda. A China, depois de confinar mais de 17 milhões de pessoas por conta de recorde de novos casos diários de Covid-19, proibiu na segunda-feira 14, todos os cidadãos da província de Jilin, no nordeste do país, de viajar. Sinal de que a coisa não está nada boa, ao contrário do que queremos crer.
Na terça, numa conversa com jornalistas, o ministro da Saúde, Queiroga, afirmou que a Deltacron foi detectada em um paciente do Pará e em outro do Amapá. Os primeiros casos de uma variante do coronavírus que une genes da delta com outros da ômicron foram confirmados na França em janeiro de 2022. De lá para cá, ela também foi encontrada na Bélgica, na Alemanha, na Dinamarca e na Holanda, de acordo com uma plataforma online onde cientistas do mundo todo compartilham sequências genéticas do coronavírus.
Na quinta, o Estado de São Paulo decretou a retirada da obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados em seu território. A regra passou a valer nesta quinta e inclui estabelecimentos como restaurantes, bares e lanchonetes. Não será permitido, no entanto, ficar sem máscara em ônibus, metrô e trem (incluindo locais de acesso para embarque e desembarque), além de hospitais, consultórios e unidades de saúde. E o uso passa a ser opcional em escolas, escritórios, academias, shoppings e lojas. Então, máscaras de proteção não são mais obrigatórias em ambientes fechados, excepto em locais específicos citados acima. Apesar das flexibilizações, especialistas ressaltam que ainda é preciso tomar certos cuidados com a utilização e, especialmente, o armazenamento da máscara, principalmente evitar pendurar a máscara no braço, queixo, colocar no bolso e evitar a humidade. E importante também é continuar usando a máscara sempre que necessário.
O Brasil registou 380 mortes pela Covid-19 em 24 horas, na sexta-feira, 18, totalizando 656.867 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 322, abaixo de 400 pelo 4º dia. Então, como já dizia, precisamos tomar cuidados. A pandemia continua entre nós e há lugares onde está aumentando. Sinal de alerta. Sinal de que o uso da máscara, a higienização das mãos, evitar aglomerações ainda são cuidados que devemos ter. Os números diários de mortes por covid no Brasil são muito altos. Não podemos fazer de conta que a pandemia acabou, por causa das flexibilizações em andamento. As pessoas que não tomaram ainda a vacina e que são a grande maioria daqueles que estão pegando a covid, indo parar em UTIs e até morrendo, devem se consciencializar de que a vacina é a única maneira de erradicarmos a pandemia. Devem tomar todas as doses necessárias da vacina, condição sine qua non para que nos livremos desse flagelo. Todos devem tomar a vacina. Isso é incontestável.
Luiz Carlos Amorim