A história política da Madeira
O que marca a grande diferença entre o PSD Madeira e o PS Madeira é a forma como os dois partidos conseguem falar a uma só voz. Os sociais-democratas, apesar de pontos de vista diferentes, convergiram sempre em torno de um líder, legitimado por todos, sem perseguições no dia seguinte à eleição.
Já o PS Madeira é o oposto. Durante os períodos de campanhas que anunciam surgem uma dúzia de candidatos, outros revelam estar a ponderar, mas no dia da eleição é apenas proposta uma lista. O pior chega no dia seguinte, com recados de todos os cantos, ameaças e vitimizações.
Assim se conta um pouco a história política da Madeira, que tem agora mais um líder, Sérgio Gonçalves, que afastou muitos ‘galos’ do poleiro, não deu guarida a outros socialistas e apostou num ataque a ‘vacas sagradas’.
Emanuel Câmara, Carlos Pereira, Bernardo Trindade, Menezes de Oliveira, Miguel Silva Gouveia e Olavo Câmara, entre muitos outros, não fazem parte do baralho de cartas que Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias fizeram questão de vender ao novo líder, que dessa forma mostrou não ter arcaboiço para chegar aonde quer, a presidente do Governo Regional.
Alguém que não consegue unir um partido tão pequeno quanto o PS Madeira (comparativamente com o PSD Madeira), que não consegue mobilizar todos os socialistas em torno de um só projeto, jamais conseguirá liderar uma Região.
Este PS Madeira continua a ser um bluff, continua a enganar e a ludibriar os madeirenses, com truques de magia barata, com promessas sem sentido, impossíveis de concretizar, porque continua refém e nas mãos da careca mais luzidia da Madeira (com pouco lá dentro) e de um indivíduo que aqui chegou e pensou que os madeirenses eram todos uns bananas.
Um deles, disfarçadamente, disse que ia embora, depois de se vitimar numa entrevista nojenta e abjeta. O outro saltou para a Assembleia da República para ganhar o dele.
É caso para dizer: Sérgio acorda!
Emanuel Camacho