Madeira

Associação do Caminho Real da Madeira organizou caminhada na Fajã da Ovelha

A iniciativa contou com mais de uma quinzena de entusiastas, desta feita explorando a vertente histórica

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A Associação do Caminho Real da Madeira organizou hoje, no Fajã da Ovelha, uma caminhada que contou com mais de uma quinzena de entusiastas, em mais uma iniciativa de pedestrianismo cultural, desta feita explorando a vertente histórica.

Numa jornada pela história, percorreram a freguesia, primeiro no imaginário da sua caracterização por Paulo Dias de Almeida (1815) e por Arthur Sarmento (1953) para depois partirem à descoberta física pelos seus caminhos, acompanhados pelas obras 'Matriz Toponímica da Fajã da Ovelha (Achegas para a sua identificação)' de Duarte Mendes e 'Plantas e seus usos tradicionais - Freguesia Fajã da Ovelha' de Freitas e Mateus.

Da Igreja Paroquial de São João Baptista até à Nossa Senhora das Neves, nos Prazeres, os caminheiros deambularam por tornadouros e poços escavados no solo para o regadio, pela lenda do Antoninho dos Zimbreiros, pela história do naufrágio do navio Varuna, cujo sino se encontra na torre sineira da Capela de São Lourenço, ou pelas cantigas dos tormentos do linho junto aos antigos poços para curtir o linho.

Os 8 km do percurso que levou os caminheiros a serpentear os lombos característicos da Calheta entre casarios e terrenos cultivados, permitiram identificar troços do Caminho Real 23, no seu estado original e contemplar algumas preciosidades arquitectónicas da ruralidade madeirense.

No final, enquanto a chuva fazia-se sentir no exterior, o grupo confraternizava num almoço convívio na sempre hospitaleira Casa Bettencourt.

O próximo evento da Associação do Caminho Real da Madeira (ACRM) será a V Volta à Madeira pelo Caminho Real, entre os dias 9 e 16 de Abril.