PPM Madeira preocupado com profissionais do Bordado
A coordenação do PPM Madeira está preocupada com a profissão dos bordados da Madeira. “Estivemos à conversa com poucas profissionais que ainda se mantêm no activo, que nos falaram das suas preocupações de esta actividade ser pouco valorizada na actualidade”, disse o partido, em nota de imprensa.
O PPM Madeira disse saber que esta profissão ancestral que é tradicional da nossa ilha, tem uma enorme concorrência, principalmente dos Países do Oriente que tentam imitar de forma barata e com máquinas aquilo que as nossas bordadeiras fazem de forma manual. Por isso pediu outro tipo de apoios.
As principais queixas prendem-se principalmente na valorização do trabalho manual pago a estas profissionais que estão sujeitas a doenças profissionais tais como lesões a nível cervical devido à posição de várias horas na mesma posição e a nível de visão que as obriga a manter horas a fio a bordar ao mais ínfimo pormenor ponto por ponto.
“Queixam-se principalmente dos valores pagos pelas grandes superfícies de vendas que é cerca de 20€ semanais, perfazendo um valor de 80€ mensais, sendo que estes são os valores actuais, com as ‘desculpas’ das empresas de fornecerem às bordadeiras o pano e as linhas”.
O PPM Madeira ficou ainda a saber que muito do trabalho distribuído a estas profissionais é feito através de uma espécie de "agentes" que ganham uma comissão pelos trabalhos destas profissionais sem um contrato de trabalho efectivo, o que prejudica de forma séria o trabalho e ganhos das profissionais do bordado Madeira.
O PPM Madeira propõe ao Instituto do Vinho e do Bordado da Madeira a criação de uma cooperativa para melhorar as condições profissionais das bordadeiras da Madeira, bem como recusa haja uma especulação de preços do bordado Madeira entre valores pagos às profissionais e valores de venda ao público.