Biden vai anunciar novas sanções à Rússia
O Presidente norte-americano, Joe Biden, tenciona anunciar novas sanções à Rússia na quinta-feira, quando estiver em Bruxelas para reuniões com os aliados europeus e da NATO, indicou hoje um conselheiro de segurança nacional.
Biden, que vai participar numa reunião especial da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) e discursar no próximo Conselho Europeu, deverá igualmente sublinhar os esforços para fazer cumprir a "avalanche" das sanções constantes da lista já anunciada pelos Estados Unidos e aliados.
"Ele vai juntar-se aos nossos parceiros na imposição de mais sanções à Rússia e no reforço das sanções existentes para punir as tentativas de fuga e garantir o seu rigoroso cumprimento", declarou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, escusando-se a fornecer mais pormenores sobre as novas sanções que o Presidente anunciará.
Joe Biden deslocar-se-á a Bruxelas e à Polónia -- que acolheu mais de dois milhões de refugiados ucranianos fugidos do país desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro -- para defender a continuação da unidade entre aliados ocidentais enquanto a Rússia prossegue a sua violenta invasão da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de março pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de dez milhões de pessoas, mais de 3,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 27.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a organização confirmou hoje pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo 174 crianças.