ONU contabiliza 953 civis mortos e 1.557 feridos na Ucrânia
A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, a maioria dos quais devido a armas explosivas com vasta área de impacto, indicou hoje a ONU.
No seu relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da agressão militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de segunda-feira (hora local), 78 crianças entre os mortos e 105 entre os feridos.
A Alto Comissariado da ONU acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.
O ACNUDH refere o relatório da Procuradoria-Geral da Ucrânia, segundo o qual, até hoje às 08:00 (hora local), 117 crianças foram mortas e mais de 155 ficaram feridas.
Estes números estão a ser ainda corroborados, alerta a agência da ONU para os direitos humanos, e não estão incluídos por isso nas suas estatísticas, adverte no seu relatório diário.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas de vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda o ACNUDH.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A ofensiva russa causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.