Rússia aumentou ataques mas continua sem superioridade aérea
As forças russas aumentaram o número de ataques aéreos sobre a Ucrânia nos últimos dois dias mas ainda não possuem superioridade pelo ar, revelou segunda-feira fonte do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos.
O alto funcionário do Pentágono revelou hoje à agência Associated Press (AP) que Moscovo aumentou o número de ataques por aeronaves militares, com 300 ofensivas a ocorrerem nas últimas 24 horas.
No entanto, a mesma fonte revelou que a Ucrânia também aumentou o ritmo dos seus ataques militares, embora se tenha recusado a fornecer números.
Segundo o alto funcionário do Pentágono, é evidente que a Rússia tem muitas mais aeronaves e voa muito mais do que a Ucrânia, mas até ao momento Moscovo ainda não tem superioridade aérea sobre o país que invadiu em 24 de fevereiro.
A maioria dos voos militares envolve ataques terra-ar, principalmente em alvos estacionários, acrescentou.
A fonte do Pentágono adiantou ainda que os aviões militares russos não passam muito tempo no espaço aéreo ucraniano.
Já as forças ucranianas continuam a utilizar os seus sistemas de defesa antiaérea e 'drones' de curto e longo alcance para atingir aeronaves russas, realçou também.
O funcionário Departamento de Defesa norte-americano, que falou sob a condição de anonimato, explicou ainda que os russos aumentaram a atividade naval no norte do mar Negro, mas não há indicações nesta altura sobre um ataque anfíbio à cidade portuária de Odessa.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.