Suíços pressionados a restringir mais as contas de oligarcas russos
O primeiro-ministro polaco revelou hoje que está a pressionar a Suíça para que tome medidas mais arrojadas em relação aos milhares de milhões que os oligarcas russos têm nos bancos suíços.
A afirmação de Mateusz Morawiecki foi feita durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente suíço Ignazio Cassis, que está de visita ao país, avança a agência de notícias Associated Press (AP).
Durante o encontro, os dois falaram sobre a situação na Ucrânia, que foi invadida pelas tropas russas a 24 de fevereiro.
Morawiecki disse que os homens de negócios mais ricos da Rússia depositaram milhares de milhões de dólares americanos em bancos suíços, usam o país para fazer negócios e têm outros ativos que, na sua opinião, poderiam ser utilizados na reconstrução da Ucrânia após a guerra.
Ignazio Cassis lembrou que a Suíça aderiu às sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e, como tal, congelou as contas bancárias e os negócios dos oligarcas russos que constam das listas de sanções da UE e também de alguns outros.
Já o governo polaco está a trabalhar em alterações à Constituição que permitiriam a apreensão dos bens da Rússia na Polónia.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
