A Guerra Mundo

Iate de luxo de Abramovich atraca na Turquia

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EPA/ALI BALLI

Um iate de luxo de Roman Abramovich atracou na estância turca de Bodrum, no Mar Egeu, mas não foi apreendido uma vez que o país não aderiu às sanções internacionais contra a Rússia.

A informação é avançada pela imprensa turca e citada pela agência de notícias Associated Press (AP), que recorda que nesse momento existem movimentos internacionais para congelar bens pertencentes a empresários russos de topo com ligações estreitas ao Kremlin.

Segundo a televisão privada NTV da Turquia, o iate de luxo do proprietário do Chelsea Football Club atracou no porto sul da Turquia depois de ter partido do Montenegro.

Um grupo de ucranianos com bandeiras ucranianas com as palavras "No War" ("Não à Guerra") embelezaram um pequeno barco a motor e tentaram impedir o iate de atracar, noticiou o jornal Sozcu.

Até ao momento ainda não se sabe se Abramovich está a bordo do iate ou se o mesmo foi deslocado para a Turquia para evitar sanções.

Na semana passada, a União Europeia impôs sanções a Abramovich ao atualizar uma lista de indivíduos que enfrentavam congelamento de bens e proibições de viajar devido às suas ligações ao governo de Vladimir Putin.

A AP recorda ainda que Abramovich já tinha sido punido na Grã-Bretanha, mas também lembra que, na semana passada, Abramovich chegou a Istambul vindo de Jerusalém a bordo do seu jato privado antes de partir para Moscovo no dia seguinte.

A Turquia pertence à NATO e apesar de ter criticado a invasão da Ucrânia por Moscovo, posicionou-se como um partido neutro, tentando ser um mediador entre os dois países.

A Turquia fechou o Estreito Turco que liga o Mar Negro ao Mar Mediterrâneo à maioria dos navios de guerra russos, mas não impôs sanções à Rússia nem fechou o seu espaço aéreo aos voos russos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.