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Eslovénia vai reabrir a sua representação diplomática em Kiev

Foto EPA/ATEF SAFADI
Foto EPA/ATEF SAFADI

A Eslovénia decidiu hoje reabrir a sua representação diplomática em Kiev, depois de a ter encerrado devido à invasão da Rússia, e pediu aos demais países da União Europeia (UE) que façam o mesmo.

"A Eslovénia enviará o seu representante diplomático e a sua equipa para Kiev na próxima semana. Todos são voluntários. Tentamos fazer com que a UE faça o mesmo. A Ucrânia precisa de apoio diplomático direto para que a agressão termine o mais rápido possível e a paz seja alcançada", declarou o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa.

O embaixador esloveno em Kiev, Tomaz Mencin, deixou Kiev quando começaram os ataques contra a capital ucraniana, assim como a maioria dos representantes de outros países europeus.

Jansa, que visitou Kiev na terça-feira passada com os seus homólogos polaco e checo, disse à televisão pública eslovena, no seu regresso da Ucrânia, que apenas os embaixadores da Polónia e do Vaticano permaneceram na capital ucraniana e que os ucranianos se sentiam abandonados.

"Se em todo o corpo diplomático da UE não há ninguém tão corajoso como o embaixador do Vaticano, então, não merecemos ter diplomacia", comentou Jansa, dizendo que isso também se aplica à diplomacia eslovena.

O primeiro-ministro esloveno insistiu que a diplomacia existe para "resolver situações, oferecer a possibilidade de negociação mesmo em meio a ataques, não para caminhar entre banquetes".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.