JPP diz que Mercado dos Lavradores está "descaracterizado" e "subaproveitado"
A Concelhia do Funchal do partido Juntos Pelo Povo (JPP) veio hoje a público abordar "a descaracterização do espaço" e "o facto de ainda existirem quiosques desocupados" no Mercado dos Lavradores, o que traduz no seu entender "falta de dinamismo".
Na sequência de uma visita ao local, Duarte Barreto lembra que "o Mercado dos Lavradores é Património Histórico e Arquitetónico Regional", lamentando por isso que o mesmo esteja cada vez mais "vocacionado para os turistas em vez de servir os madeirenses, perdendo a sua própria identidade".
"Os turistas quando visitam um local procuram o que é genuíno e não uma artificialidade. Infelizmente, o trabalho que está a ser desenvolvido pelo actual executivo camarário PSD/CDS mais não é do que uma continuidade do trabalho que era feito pelo anterior executivo camarário, sem introduzir qualquer inovação ou formas de incentivo que venham enriquecer e dinamizar a economia regional e a própria produção agrícola madeirenses", critica o representante da Concelhia do Funchal do JPP.
Por outro lado, salienta que "os comerciantes queixam-se da forte competitividade das grandes superfícies que poderia ser atenuada caso existissem formas de mobilização da população ao mercado, nomeadamente, com a criação de protocolos com os parques de estacionamento circundantes, permitindo valores mais baixos, ou até a isenção de pagamento para quem efectue compras no mercado".
"Para as barracas que comercializam produtos 100% regionais ou frutos e hortícolas por serem produtos que mantêm as características tradicionais do Mercado, deveria existir uma bonificação das rendas, incentivando assim a comercialização de produtos regionais", propõe, com base nas sugestões que dizem ter recebido dos próprios comerciantes, "conhecedores da realidade local".
"É necessário inovar na dinamização do mercado, maximizando os recursos infraestruturais e humanos existentes, bem como todo o investimento que já foi feito naquele espaço permitindo maior liberdade aos comerciantes que laboram no mercado, aumentando a oferta aos consumidores e incentivando a produção agrícola e artesanal regional", remata.