Rússia garante que tomou cidade portuária de Kherson
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse hoje que as tropas da Rússia tomaram a cidade portuária de Kherson, uma afirmação que é negada pelo Exército ucraniano.
A cidade está sob "controlo total" dos militares russos, referiu Igor Konashenkov.
O porta-voz disse que a infraestrutura civil da cidade, instalações essenciais e transporte estão a funcionar com normalidade e que não há escassez de alimentos de outros bens essenciais.
Igor Konashenkov indicou que as negociações entre comandantes russos, administrações municipais e autoridades regionais sobre como manter a ordem na cidade estavam em andamento. As alegações não puderam ser confirmadas de imediato.
O Exército russo garantiu ter conquistado a cidade de Kherson, enquanto os separatistas pró-russos anunciaram ter conseguido bloquear totalmente Mariupol, também no sul da Ucrânia.
Kherson situa-se perto da península da Crimeia.
"As unidades do Exército russo assumiram o controlo total da capital regional de Kherson", disse o porta-voz das forças armadas russas, Igor Konashenkov, assegurando que as "infraestruturas civis" e os transportes públicos estavam a funcionar normalmente.
Já os separatistas pró-russos em Donetsk afirmaram hoje que bloquearam a cidade de Mariupol, segundo um representante da milícia Eduard Basurin, citado pela agência de notícias russa Interfax.
Na véspera, a autoproclamada república separatista de Donetsk anunciara um bloqueio quase total de Mariupol.
O líder da república, Deniye Pushilin, disse que estão agora a tentar que as forças ucranianas deponham as armas e criem um corredor humanitário para que os civis possam deixar a cidade.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.