MNE da UE voltam a reunir-se na sexta-feira em encontro alargado
O chefe da diplomacia europeia anunciou hoje uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros na sexta-feira, em Bruxelas, consagrada à invasão russa da Ucrânia, para a qual convidou homólogos de países aliados e o ministro ucraniano, Dmytro Kuleba.
"Convoquei um Conselho de Negócios Estrangeiros extraordinário para sexta-feira e convidei [os ministros] Dmytro Kuleba, da Ucrânia, o secretário [de Estado norte-americano] Antony Blinken, Liz Truss, do Reino Unido, Melanie Joly, do Canadá e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para se juntarem a nós", anunciou Josep Borrell na sua conta na rede social Twitter.
Esta nova reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia (UE) terá lugar em Bruxelas a seguir a uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, no quartel-general da Aliança Atlântica, igualmente na capital belga, anunciada na terça-feira por Stoltenberg.
Portugal estará representado nas duas reuniões pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
A terminar a publicação, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança reitera a "unidade transatlântica contra a invasão russa e em solidariedade com a Ucrânia".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kiev, que não precisa o número de baixas militares.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia desde o início da invasão.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.