Universidade dos Açores disponível para receber estudantes ucranianos
A Universidade dos Açores está disponível para receber estudantes ucranianos afetados pelo conflito armado no país, revelou hoje o Governo açoriano numa nota divulgada na sua página de internet.
"A Universidade dos Açores, informou o seu Reitor ao Presidente do Governo, está disponível para garantir alojamento e alimentação a estudantes ucranianos", lê-se na nota de imprensa do Governo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Foi "também indicado que vários membros da comunidade académica manifestaram disponibilidade para ajudar e mesmo acolher famílias deslocadas", acrescenta.
Depois desta informação, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, mostrou ao Reitor da Universidade açoriana a sua satisfação pela "disponibilidade mostrada pela instituição em receber estudantes ucranianos".
Na nota divulgada na página de Internet do executivo açoriano, pode ler-se que o chefe do executivo açoriano enviou uma missiva ao reitor João Luís Gaspar, na qual sublinha que "a demonstração da solidariedade para com um povo que está a ser alvo de um ataque sem precedentes na história recente do continente europeu enobrece quem a realiza e transmite o conforto possível a quem sofre".
Na segunda-feira, José Manuel Bolieiro garantiu que a região está de "braços abertos" para receber familiares de imigrantes ucranianos.
"Temos uma comunidade ucraniana nos Açores que, se entender poder aqui acolher e receber os seus familiares, será de braços abertos que a Região Autónoma dos Açores receberá os ucranianos que decidam vir à procura de paz nos Açores", afirmou o presidente do Governo Regional.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo