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Consumo e produção de papel e cartão recuperam em 2021

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Foto Shutterstock

O consumo no setor do papel e cartão cresceu 5% em 2021, enquanto a produção recuperou 5,8% no último ano, segundo estatísticas preliminares da Cepi -- Confederação Europeia das Indústrias de Papel, destacando os "sinais de forte recuperação".

De acordo com a Cepi, nos países representados -- onde Portugal se inclui através da Celpa -- Associação da Indústria Papeleira, "tal como em outros setores, o papel e o cartão estão a recuperar da crise económica provocada pela pandemia".

"As novas tendências no uso destes materiais, numa primeira fase exacerbadas pela pandemia, parecem estar a criar mudanças mais profundas nos nossos padrões de consumo", acrescenta a Cepi, que estima que a produção de papel e cartão utilizado para as compras 'online' tenha "aumentado 7,1% em 2021 em relação a 2020".

A confederação europeia destaca ainda a crescente "consciência ambiental", que está "a resultar num aumento de procura de embalagens de materiais que sejam mais sustentáveis", com setores como o da alimentação e o farmacêutico" tenham passado a utilizar embalagens de papel e cartão para o transporte e entrega dos seus produtos.

As estatísticas preliminares da Cepi sublinham também a produção de papel para embalar -- utilizado, por exemplo, na produção de sacos de papel -- aumentou 11,7% e que a produção de papel para usos inovadores -- como para fins industriais -- cresceu 9,6%.

"Estes números, relativos tanto aos produtos tradicionais quanto aos mais inovadores, apontam para o que é conhecido na indústria como efeito substituição. O papel e outros produtos florestais devem substituir progressivamente, até certo ponto, vários materiais e produtos químicos menos sustentáveis. Esta alteração tem o apoio e compromisso da indústria de pasta e papel", destaca a Cepi.

O comunicado acrescenta que a produção global de papel para impressão também registou "um ligeiro aumento", enquanto o consumo de papel para uso doméstico se encontra "um pouco acima dos níveis pré-pandemia".