A Guerra Mundo

Cidadão chinês baleado quando tentava sair do país

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A China divulgou hoje que um cidadão chinês foi baleado quando tentava sair da Ucrânia, informando ainda que a pessoa sofreu ferimentos sem gravidade.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que o incidente ocorreu na terça-feira, quando a pessoa em questão tentou sair do país por conta própria.

A Embaixada da China em Kiev entrou imediatamente em contacto com o cidadão para prestar assistência.

Wang disse aos jornalistas que o cidadão chinês ficou ferido, mas que está fora de perigo.

O representante disse que a embaixada chinesa na capital ucraniana está a acompanhar a situação e vai continuar a fornecer ajuda.

Os detalhes sobre este incidente ainda não foram até ao momento totalmente clarificados.

A Rússia lançou na passada quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.

A ONU deu conta até à data de vários milhares de deslocados internos e de refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

Pequim recusou-se a criticar o ataque russo ou até mesmo descrevê-lo como uma invasão ou guerra, argumentando que a NATO e o Ocidente falharam em abordar adequadamente as "legítimas preocupações de segurança" da Rússia.

Quando os combates eclodiram, na semana passada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou os seus cidadãos a exibir uma bandeira chinesa nos seus veículos, mas recuou dois dias depois, aconselhando antes que não mostrassem sinais de nacionalidade chinesa, aparentemente refletindo preocupações com o endurecimento da retórica anti-China na Ucrânia.

Na segunda-feira, numa conversa por telefone com o seu homólogo ucraniano, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, exortou a Ucrânia a cumprir a sua "responsabilidade internacional" e a garantir a segurança dos cidadãos chineses.