Sim à paz
Na guerra não há vencedores
Todos saem vencidos
É uma causa de morte
No mundo, impregnada
Onde toda gente sofre
Com justos e pecadores
Entregues à mesma sorte
Que ninguém grite vitória
A se regozijar
Por matar um povo amigo
Se somos todos irmãos
Entender eu não consigo
Como se canta “glória”
Por um crime cometido
Como explicar às crianças
Que esperam pela bonança
Desse sofrimento atroz
Da guerra a sua razão
Que da sua doce voz
Saem ténues esperanças
De olhos fitos em nós
Terá o mundo mais valor
Se não imperar o ódio
Se houver compreensão
Se disser não à guerra
Se houver coração
Se houver mais amor
Se não houver destruição
Que se ilumine as mentes
Dos fazedores da guerra
Que por um só momento
Esse sangue derramado
Lhes suba ao pensamento
E não sejam indiferentes
À dor e ao sofrimento
Quem nos dera construir
Um mundo cheio de paz
Sem haver choros de mãe
Toda a gente a se abraçar
Onde só impere o bem
Sem guerras a emergir
E sem fome também
José Miguel Alves