Itália confisca uma mansão de luxo ao oligarca mais rico da Rússia
A Itália confiscou uma mansão de luxo do magnata russo Alexey Alexandrovits Mordaschov no porto da cidade de Olbia, no âmbito das sanções decretadas pela União Europeia pela invasão da Ucrânia.
A mansão de uso residencial está avaliada em cerca de 105 milhões de euros, e foi apreendida após investigações da polícia italiana de delitos fiscais e fronteiras, indicaram fontes governamentais.
Mordashov, presidente do conglomerado metalúrgico e energético Severstal, já tinha sido alvo de apreensão do iate "Lady M", atracado no porto de Imperia, no noroeste de Itália.
O empresário, que também detém um terço das ações da agência de viagens TUI, a maior do mundo, foi considerado em 2021, pela revista Forbes, o oligarca mais rico da Rússia, detentor de um património de 29.100 milhões de euros.
A Itália prossegue, desta forma, a confiscação de bens aos oligarcas russos, em represália pela guerra desencadeada contra a Ucrânia desde 24 de fevereiro, por ordem do regime de Vladimir Putin, presidente da Rússia.
Na mesma linha, foi apreendido, a 12 de março, o iate maior do mundo, que pertence ao magnata russo Andrey Melnichenko, e que se encontrava atracado no porto da cidade de Trieste.
Melnichenko, um dos homens mais ricos da Rússia, fundador do banco MDB, e com investimento no setor petroquímico, figurava na lista da União Europeia de oligarcas a sancionar.
No início de março, o governo de Mario Draghi apreendeu bens no valor de 150 milhões de euros, entre ativos, iates e mansões.
Entre estes bens estava o iate "Lena", de Gennady Timchenko, atracado no porto de Sanremo, com um valor estimado de aproximadamente 50 milhões de euros.
Outra mansão, do século XVII, foi apreendida ao empresário russo Oleg Savchenko nas colinas de Capannori, na região da Toscana, adquirida em 2018 por três milhões de euros.