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EUA estimam que ainda haja no Afeganistão 2.000 membros do Estado Islâmico e 100 da Al-Qaida

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Os Estados Unidos da América (EUA) estimam que ainda haja cerca de 2.000 elementos do Estado Islâmico e 100 da Al-Qaida no Afeganistão, anunciou o chefe do Comando Central das Forças Armadas norte-americanas.

De acordo com o general Kenneth F. McKenzie Jr., durante uma conferência de imprensa no Pentágono, em Washington, o domínio talibã no Afeganistão levou à libertação de milhares de elementos da organização considerada terrorista e autoproclamada de Estado Islâmico, e que estavam detidos nas prisões de Parwan e Pul-e-Charkhi.

O chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA disse que a libertação deu folgo às duas organizações e agora o regime talibã vai ter de lidar "com o resultado de uma decisão muito míope".

Kenneth F. McKenzie Jr. disse que o Estado Islâmico continua comprometido com um ataque em território norte-americano. No Afeganistão, a organização terrorista levou a cabo vários atentados nos últimos meses, apesar das tentativas do regime talibã de tentar limitar a atuação dos 'jihadistas'.

No que diz respeito à Al-Qaida, McKenzie avançou que ainda há muitos combatentes em território afegão, pelo menos uma centena, e que a situação é mais complicada de resolver por causa das relações culturais e os vínculos que havia e persistem entre afegãos pertencentes à Al-Qaida e ao regime talibã.

Os Estados Unidos abandonaram definitivamente o Afeganistão em 31 de agosto de 2021, depois de 20 anos de presença constante. A retirada apressada das tropas norte-americanas foi acompanhada por desespero das populações, que acorreram ao aeroporto de Cabul, capital afegã, e permaneceram durante vários dias no local na tentativa de apanhar um voo humanitário ou encontrar uma maneira de fugir ao regime talibã.

A ofensiva talibã no país em pouco mais de uma semana conquistou o país inteiro, apanhando os EUA de surpresa com o avanço galopante dos combatentes da organização, que aproveitou a debilidade das autoridades afegãs.