A Guerra Mundo

Quase 6,5 milhões de ucranianos deslocados dentro do próprio país

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Foto André Luís Alves / Global Imagens

As Nações Unidas calculam que até hoje quase 6,5 milhões de ucranianos tenham sido obrigados a deslocar-se dentro do próprio país devido à invasão das tropas russas, além dos 3,2 milhões que já fugiram da Ucrânia.

As estimativas das agências da ONU, relativas às três semanas deste conflito, sugerem que o numero de deslocados pode rapidamnete atingir o verificado na guerra da Síria, que levou cerca de 13 milhões de pessoas a deixarem as suas casas, deslocando-se dentro do país e para o estrangeiro.

As conclusões constam de um documento divulgado hoje pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

As projeções também indicam que "cerca de 12 milhões de pessoas possam estar retidas em áreas afetadas ou incapazes de sair devido a riscos de segurança elevados, destruição de pontes e estradas, bem como falta de recursos ou informações sobre onde encontrar segurança e alojamento".

O documento cita os números da Organização Internacional das Migrações (OIM) como "uma boa representação da escala de deslocamentos internos em território urcraniano --- calculada em 6,48 milhões de deslocados internos na Ucrânia até 16 de março".

O ACNUR, a agência das Nações Unidas para os Refugiados, afirmou que os combates devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, desencadearam a mais grave crise de refugiados da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Nos seus últimos dados divulgados hoje, o ACNUR diz que mais de 3,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, sobretudo para os países vizinhos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.