Zelensky dirige-se por vídeo à Assembleia Nacional francesa na quarta-feira
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai dirigir-se em direto, através de vídeo, aos deputados franceses na quarta-feira, informou esta sexta-feira a presidência da Assembleia Nacional em comunicado.
"A situação de guerra que afeta o povo ucraniano diz respeito a todos os povos da Europa e às suas assembleias parlamentares", sublinhou a presidência da Assembleia Nacional francesa.
Zelensky já se dirigiu aos eurodeputados através de uma ligação por vídeo a 1 de março, seguida do Parlamento britânico, dos parlamentares canadianos, do Congresso dos EUA e do Bundestag, o parlamento alemão. No domingo vai dirigir-se ao parlamento israelita.
Em 25 de fevereiro, um dia após o início da invasão russa da Ucrânia, uma mensagem do Presidente francês, Emmanuel Macron, foi lida na Assembleia francesa e no Senado, num raro procedimento permitido pela Constituição. Depois, a 1 de março, foi organizado um debate sobre a agressão russa à Ucrânia, após uma declaração do governo.
O Comité de Defesa da Assembleia também realizou audições, apesar da pausa nos trabalhos legislativos antes das eleições presidenciais.
É "em consonância com a sua ação" que a Assembleia Nacional, presidida por Richard Ferrand (LREM), receberá quarta-feira o Presidente da República da Ucrânia, no hemiciclo, numa transmissão em direto por vídeo.
Zelensky implorou de novo na quinta-feira aos países ocidentais que ajudassem a "acabar com esta guerra", depois de três semanas de uma ofensiva em que Moscovo não mostra sinais de parar, apesar das conversações entre as duas partes.
A NATO organiza uma cimeira extraordinária na próxima quinta-feira dedicada à guerra na Ucrânia, na qual participará o Presidente dos EUA, Joe Biden, que se desloca a Bruxelas e onde, no mesmo dia, na presença do Presidente norte-americano, terá lugar também uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da EU e uma do G7.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, das quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.