PPM acusa Governo Regional de "destruir a natureza da Madeira"
Em causa está a construção de um teleférico no Curral as Freiras
Em nota enviada à comunicação social esta sexta-feira, 18 de Março, o Partido Popular Monárquico (PPM) Madeira demonstrou a sua preocupação com a construção do teleférico no Curral das Freiras, acusando o Governo Regional de querer "continuar a destruir a Natureza da ilha da Madeira, outrora apelidada de Pérola do Atlântico".
O coordenador regional do partido, Paulo Brito alerta que a construção de um teleférico naquela freguesia do concelho de Câmara de Lobos terá "um impacto visual e ambiental negativo, para além de destruir parte de paisagem até agora intocável".
A desculpa para esta construção dizem é trazer mais desenvolvimento à Freguesia do Curral das Freiras, mas o PPM Madeira recorda que já outras obras foram feitas naquela Freguesia com as mesmas desculpas, como por exemplo uma nova escola e a construção da piscina, que em nada trouxeram de novo nem mais desenvolvimento para o Curral das Freiras.
Quanto à questão da mobilidade em caso de encerramento da estrada, o PPM questiona o presidente da autarquia câmara-lobense, Pedro Coelho, sobre a operacionalidade do teleférico do Monte, "que nem metade da altura tem do projecto do teleférico do Curral das Freiras", afirmando que "em dias de vento recolhem as cabines e fica fora de serviço".
Recordamos que o teleférico do Curral das Freiras terá uma altitude de 1400 metros e um vão de cerca de 3 kilometros, ora bem, em dias de vento forte, torna-se impossível operar e ser a tão prometida alternativa ao fecho da estrada e isolamento da Freguesia.
O PPM Madeira mostra-se também preocupado com a situação das aves que vêm nidificar naquela zona, nomeadamente a freira, "que será severamente afectada" com a construção.
Como ontem foi referido na sequência do aniversário da Freguesia do Curral das Freiras, o PPM Madeira defende a construção de uma nova estrada ou a recuperação da antiga estrada, rematando que "é necessário investimentos nas freguesias e não em obras absurdas".