Madeira

JPP exige mais apoio ao sector primário da Região

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Numa visita ao engenho 'O Reizinho', empresa produtora de rum, em Santa Cruz e que têm conquistado vários prémios internacionais, o deputado do JPP Élvio Sousa defendeu “apoios aos custos de produção do sector primário da Região" alertando para a sua necessidade num "momento em que se verifica o aumento dos preços em todos os produtos”. 

“Ainda ontem ouvimos o Governo Regional falar do ISP e o facto de que teria esgotado a redução máxima permitida de 30% no valor deste imposto, mas esquece-se o Governo Regional de referir que a Madeira tem o IVA mais alto das Regiões Autónomas, ou seja, de 22%”, salientou o porta-voz da iniciativa.

Élvio Sousa relembrou as várias iniciativas do JPP na Assembleia Legislativa Regional para a redução do IVA, “medida fundamental para baixar os preços e, por consequência, o custo de vida dos madeirenses”, lamentando que foram “chumbadas pela maioria que suporta o Governo PSD/CDS”.

Para o presidente do grupo parlamentar do JPP é urgente que se “ajude o sector primário nomeadamente, o sector da cana de açúcar com uma compensação de 6 cêntimos por quilograma, à semelhança do que acontece com a banana” de forma a apoiar os produtores “nos custos de produção, nomeadamente, com o aumento de preços nos adubos agrícolas, fertilizantes e até mesmo dos combustíveis”, salientou.

Élvio Sousa recordou que a cana de açúcar é a matéria-prima para os produtos que dão visibilidade à Madeira, como a mel de cana, o rum e o bolo de mel.

“Muitos produtores têm contactado o JPP porque consideram o preço pago, atualmente de 28 cêntimos, uma miséria. Receber o valor de 28 cêntimos por quilograma, dizem os produtores que mais vale deixar a cana em cima dos poios”, frisou.

“Recordamos que 17 cêntimos são canalizados pelos fundos comunitários e 11 cêntimos pelo sector. Perguntamos: onde está o apoio do Governo?”, questionou Élvio Sousa.

Para o JPP, “o apoio extraordinário de 6 cêntimos por quilograma, à semelhança do que acontece com a banana, considerando as 10 mil toneladas de produção anual teria um impacto financeiro acima dos 600 mil euros o que seria uma ninharia comparada com os 20 milhões de euros que este Governo PSD/CDS gasta, anualmente, com uma frota de tachos”, concluiu.