"O PS-M continua a sua senda autofágica"
Saiba o que foi dito no 'Primeira Mão' desta semana
"O PS-Madeira continua a sua senda autofágica e o que se passou no congresso do último fim-de-semana espelha, de forma confrangedora, a realidade de um partido que parece que se especializou em derrubar líderes e substitui-los. Porém, mal um novo líder é eleito, imediatamente se ouve o afiar de facas da parte de outros militantes, já prontos para precipitar a fase que se segue".
Esta é a convicção de Francisco Gomes, partilhada no programa da TSF desta semana 'Primeira Mão'. Para o politólogo, "não basta mudar o líder e manter tudo o resto igual, não basta manter o soldado da guarda e insistir no caminho de escrever umas coisas inócuos na moção geral, mandar umas declarações simpáticas para a comunicação social e reduzir a vida do partido ao mesmo grupo de amigos, que apenas promove quem lhes interesse e manda para fora gente válida, mas que, por uma razão ou outra, é afastada e espezinhada".
Francisco Gomes deixa a questão: "Será medo da competência alheia?". Admite ter boa ideia de Sérgio Gonçalves e crê que "é uma pessoa séria e trabalhadora". Mas tem dúvidas "se terá sequer tempo para se afirmar". Tudo por causa da entrevista de Paulo Cafôfo ao DIÁRIO. "Numa fase onde o partido deveria estar em clima de paz e unido, ficou claro que o presidente-eleito não é a principal voz dos socialistas e poderá nem ser quem mais manda dentro do partido. Ficou também claro que está instaurado um certo ‘culto de personalidade’ e que todos aqueles que não aderem a essa tendência podem muito bem ser vítimas de um qualquer ‘linchamento’ público. Será que o PS-Madeira acredita que chegará ao poder lutando mais por dentro do que contra o PSD-Madeira?", refere
Entende que Sérgio Gonçalves "começa mal". Talvez não por culpa própria, mas a verdade é que o PS-Madeira se apresenta como "um partido de feridas que não são saradas e onde certos militantes preferem seguir a via do insulto gratuito na praça pública do que o debate construtivo em prol do futuro da Madeira", opina.
As exigências russas
No programa desta semana, Liliana Rodrigues centrou atenções na guerra e às exigências da Rússia para cessar-fogo.
"A invasora Rússia faz doze exigências para cessar-fogo no território ucraniano. Distinguem-se as principais demandas da Rússia à Ucrânia nomeadamente que cesse as ações militares; que altere a Constituição e garanta neutralidade, ou seja, que desista de entrar para a NATO; que reconheça a Crimeia como território russo e que reconheça as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes. À partida deixa de fora Odessa, o que significará acesso ao mar pela Ucrânia. Para já é fundamental dar seguimento à candidatura de adesão da Ucrânia à União Europeia. Será um processo moroso que valerá a pena, particularmente porque irá conferir maior proteção ao povo ucraniano em todos os sentidos", refere.
Lombas e escolas no concelho da Ponta do Sol
Por seu lado, Sara Madalena, centrou atenções na colocação de lombas na marginal da Madalena do Mar, concelho de Ponta do Sol. A opção mereceu o dedo polegar de Sara Madalena que se regozija por tal colocação que vem limitar a velocidade naquela artéria que, muitas vezes, resultavam em acidentes, alguns, fatais.
A colocação de lombas limitadoras de velocidade é um introito à conversão daquela via em zona de coexistência, uma proposta da comentadora, enquanto Vereadora do CDS naquele Município, aprovada como algumas outras que, ainda aguardam execução.
Outro assunto local que também mereceu a atenção de Sara Madalena foi o da pretensão do governo Regional em fundir e extinguir alguns estabelecimentos escolares e as consequências desse facto no isolamento e desertificação dos sítios onde se inserem, chamando a atenção para os perigos de tais decisões que limitam, entre outros, a convivência inter-geracional.