Gulbenkian lança apoio de 1ME para ajudar quem foge da guerra
A Fundação Gulbenkian vai atribuir a organizações humanitárias que estejam nas fronteiras com a Ucrânia e às associações ucranianas em Portugal um apoio no valor de um milhão de euros para ajudar quem foge da guerra.
Em comunicado, a fundação explica que o apoio de emergência se destina a organizações humanitárias que ajudam os refugiados da guerra na Ucrânia nos países fronteiriços mais pressionados e às associações ucranianas que estão a trabalhar em Portugal e será distribuído conforme as necessidades.
"Envolvidas desde o início no apoio humanitário e no acolhimento aos refugiados, estas associações, em conjunto com entidades locais, estão a desenvolver um trabalho que carece de mais apoios", sublinham em comunicado, em referência às associações ucranianas.
Quanto às organizações internacionais, a Fundação Gulbenkian articulou "estratégias filantrópicas para ajuda à integração dos refugiados nos países que fazem fronteira com a Ucrânia".
Assim, o apoio será concedido através da Organização Internacional para as Migrações e do Programa Europeu para a Integração e Migrações.
"Em conjunto, foi estabelecido um consenso sobre a urgência de reforçar os fundos já disponíveis para apoiar organizações que ajudam as pessoas que abandonam a Ucrânia, designadamente organizações da sociedade civil que se encontram a operar nos países limítrofes da União Europeia onde esse esforço é mais significativo", refere o comunicado.
Para a presidente da Fundação, está em causa uma "situação absolutamente excecional", que já causou a fuga de pelo menos 4,8 milhões de pessoas da Ucrânia, desde a invasão russa há três semanas.
"Precisa do apoio de todos, especialmente de instituições, como a Fundação, com um longo historial de ajuda aos migrantes e aos mais vulneráveis", refere Isabel Mota, citada em comunicado, que admite ainda outras medidas, conforme a evolução da situação.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de pelo menos 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU - a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.