A Guerra Mundo

Biden chama "ditador assassino" a Putin e pressiona Xi Jinping

Foto EPA/SHAWN THEW
Foto EPA/SHAWN THEW

O presidente norte-americano chamou Vladimir Putin de "ditador assassino", nas vésperas de uma conversa com o que é o maior parceiro da Rússia durante a actual crise, o presidente da China. De acordo com o DN, "menos de 24 horas depois de ter chamado 'criminoso de guerra' a Vladimir Putin, o presidente norte-americano, Joe Biden, subiu o tom e classificou o homólogo russo de 'ditador assassino' e de 'puro bandido que está a travar uma guerra imoral contra a Ucrânia'", escreve o jornal.

O artigo situa as últimas palavras de Biden sobre Putin, que "foram proferidas num evento para assinalar o Dia de São Patrício na Casa Branca. E não tiveram resposta imediata do Kremlin, que na véspera tinha apelidado de "inaceitável" e "imperdoável" o facto de o presidente norte-americano ter chamado 'criminoso de guerra' ao líder russo. Os EUA insistiram contudo nesse epíteto, com o secretário de Estado, Antony Blinken, a concordar com Biden. 'Atacar intencionalmente civis é um crime de guerra. Após tanta destruição nas últimas três semanas, parece-me difícil concluir que os russos estejam a fazer outra coisa que não isso'", afirmou, citado pelo DN.

Entretanto, os Presidentes dos Estados Unidos e da China, Joe Biden e Xi Jinping, respetivamente, terão hoje uma conversa telefónica para discutir várias questões, nomeadamente a invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro.

A conversa irá servir "para manter os canais de comunicação abertos entre os Estados Unidos e a República Popular da China", assim como para discutir questões de "concorrência" entre Washington e Pequim, indicou, na quinta-feira, a Casa Branca.

A conversa telefónica entre os dois líderes acontecerá após uma intensa reunião de sete horas em Roma, na segunda-feira, entre o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan e o chefe do gabinete do Partido Comunista da China para os Assuntos Externos, Yang Jiechi.

As autoridades norte-americanas têm criticado a China por ampliar a desinformação russa sobre o alegado risco de uso de armas químicas por parte da Ucrânia e denunciaram o facto de Moscovo ter pedido ajuda militar a Pequim.

Na véspera da conversa entre os dois líderes, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, avançou que Biden ameaçará o seu homólogo chinês com retaliações caso a China, que tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito russo-ucraniano, considerar "apoiar a agressão russa" contra a Ucrânia, nomeadamente com o envio de ajuda militar a Moscovo.