Justiça espanhola reabre caso de assassínio de político pela ETA há 25 anos
Um juiz da Audiência Nacional, um tribunal especial espanhol, decidiu ontem dar seguimento à queixa da associação Dignidade e Justiça contra nove ex-dirigentes do grupo terrorista ETA pelo assassínio do político do Partido Popular Miguel Ángel Blanco, em 1997.
No auto, o juiz Manuel García Castellón, que foi instrutor do caso há 25 anos, aceita reabrir o caso do sequestro e homicídio, cometidos entre 10 e 12 de julho de 1997, daquele político local da Guipuzcoa, na altura vereador do Partido Popular da cidade de Ermua.
O magistrado reabre o caso para investigar se os membros da comissão executiva da ETA (ZUBA) na altura dos acontecimentos deram ordem para assassinar o vereador ou se são responsáveis por omissão, porque poderiam de alguma forma ter impedido o seu assassínio durante as 48 horas em que esteve raptado.
No auto, o juiz da Audiência Nacional identifica os nove membros da ETA implicados e, para dar seguimento à queixa, adianta que vai requerer um dossier de informação pericial dos serviços de inteligência da Guarda Civil, incluindo todos os elementos documentais sobre o grau de participação de cada um dos visados.