"Os porto-santenses mereciam um pouco mais de respeito do País"
Nuno Batista espera que "no prazo máximo de 30 dias o caderno de encargos seja lançado" para a ligação entre a Madeira e Porto Santo
Nuno Batista soube da novidade pela comunicação social, tal como tem acontecido com outras matérias que carecem de respostas do Governo da República para com o Porto Santo. Desta vez o tema prendeu-se com a ligação entre a Ilha Dourada e a Madeira, linha que fica concessionada por mais seis meses à Binter.
O actual contrato terminava no dia 24 de Abril e, a sensivelmente cinco semanas do seu término, o autarca chegou a enviar uma carta ao ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em conjunto com o grupo parlamentar do PSD, numa clara tentativa em obter respostas sobre uma matéria vital para as deslocações dos porto-santenses. Um tema que até motivou discussão acesa, esta semana, na Assembleia Legislativa da Madeira.
Governo prolonga concessão da linha aérea Madeira-Porto Santo até 22 de Outubro
O Governo decidiu hoje prolongar por seis meses o contrato de concessão da linha aérea regular Porto Santo-Funchal-Porto Santo, que termina em 24 de Abril, até 22 de Outubro deste ano.
Ora, sem qualquer resposta directa, a verdade é que o Governo de António Costa prolongou a concessão até 22 de Outubro sem que tenham sido revelados os valores envolvidos para os próximos seis meses - em Dezembro, o valor a ser custeado pelo Estado foi orçamentado em 5,6 milhões de euros para três anos.
A mobilidade sempre foi um tema muito importante para nós. Relembro que em altura de campanha deslocámo-nos a Lisboa para apresentar várias situações, inclusive esta. Agora, tenho a lamentar que o Porto Santo e o transporte aéreo dos porto-santenses fiquem pendentes por uma questão de Orçamento de Estado. Os porto-santenses mereciam um pouco mais de respeito do País, um País que se quer único. Nuno Batista, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo
Visivelmente desagradado, o autarca referiu que é “exigente” consigo próprio “para ser exigente com os outros” e por isso tem de ser “extremamente exigente pelos porto-santenses na questão do transporte inter-ilhas”.
Ainda assim, “não haverá dias sem avião”, como já chegou a acontecer “e que é bom relembrar, mas ficam por resolver as questões do caderno de encargos”.
Por tudo isto, e sobretudo porque “mais uma vez esta situação fica adiada”, Nuno Batista espera que até Outubro “a situação esteja resolvida” e que “no prazo máximo de 30 dias o caderno de encargos seja lançado” para “de uma vez por todas não andemos de ano a ano ou de três em três anos a discutir algo que já deveria estar resolvido há muito tempo”.
Queremos que a nossa passagem pelo município deixe uma marca naquilo que à mobilidade dos porto-santenses diz respeito. Nuno Batista, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo