Parlamento Europeu cede espaço em Bruxelas para apoiar refugiados da guerra
Espaço ficará a cargo da organização não-governamental Promote Ukraine
O Parlamento Europeu inaugurou hoje um Centro da Sociedade Civil Ucraniana, em Bruxelas, cedendo um espaço à organização não-governamental Promote Ukraine na sede da instituição para assistência psicológica e administrativa aos refugiados ucranianos que fogem da guerra.
"Hoje, o Parlamento Europeu abriu as suas portas aos ucranianos que defendem a democracia e a paz: o Centro da Sociedade Civil Ucraniana é uma casa longe de casa para proporcionar um espaço de coordenação, informação e apoio", anunciou a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter.
A publicação foi feita depois de, esta manhã, Roberta Metsola ter entregado simbolicamente as chaves do espaço, no edifício da Estação Europa, a Nataliia Melnyk e Marta Barandyi, responsáveis da organização ucraniana Promote Ukraine.
Em comunicado, a assembleia europeia indica que a esta associação foi, então, cedido um "amplo andar" na sede da instituição, em Bruxelas, para assim "oferecer apoio à sociedade civil ucraniana".
Estas instalações serão, assim, usadas para oferecer assistência psicológica e administrativa aos refugiados ucranianos que chegam à Bélgica, facilitando processos como a procura de emprego, o registo junto das autoridades locais, entre outro tipo de apoio.
O edifício estará disponível até 30 de junho, com uma possível extensão deste período.
Citada pela nota, Roberta Metsola classificou esta cedência como "um ato concreto da solidariedade" do Parlamento Europeu.
"Queremos fazer tudo o que pudermos para apoiar o povo ucraniano, cuja coragem nos impressiona", adiantou a líder da assembleia europeia.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.