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Alemanha regista novo recorde da incidência com mais de 1.600 infeções

Foto EPA/CLEMENS BILAN
Foto EPA/CLEMENS BILAN

A Alemanha voltou a registar um novo recorde consecutivo da incidência do novo coronavírus e ultrapassou pela primeira vez as 1.600 infeções, enquanto o parlamento debate hoje um projeto para modificar a lei sobre proteção de doenças infecciosas.

A incidência acumulada hoje é de 1.607,1 novas infeções por 100.000 habitantes em sete dias, após 1.585,4 novos contágios registados na terça-feira, 1.319,0 há uma semana e 1.401,0 há um mês, segundo os dados atualizados hoje pelo Instituto Robert Koch (RKI).

As autoridades de saúde alemãs relataram 262.593 novos casos positivos e 269 mortes nas últimas 24 horas. Há uma semana foram registados 215.854 novas infeções e 314 óbitos, enquanto os casos ativos são estimados em cerca de 3.637.200.

Enquanto isso, o Bundestag (Câmara dos Deputados) debate hoje o projeto de modificação da lei de proteção contra doenças infecciosas apresentado pelo Governo de coligação entre sociais-democratas, verdes e liberais que deve substituir a base legal atual que expira no próximo sábado.

O projeto de lei contempla assim, a partir de domingo, um afrouxamento da maioria das restrições para conter a pandemia de covid-19 e mantém apenas medidas básicas de proteção, como o uso de máscara em hospitais, centros de assistência, transporte público, centros com grupos vulneráveis e escolas.

Em caso de surto localizado, restrições mais amplas podem ser aplicadas, como uso generalizado de máscaras, regras de distanciamento, testagem e certificado de vacinação contra a covid-19.

No entanto, dado o avanço da sexta onda da pandemia de covid-19, a maioria dos Estados federais quer manter as medidas de proteção, pelo menos até 02 de abril, quando expira o período de transição que foi estabelecido pelas autoridades.

Cerca de 76,5% da população (63,6 milhões de pessoas) já foram vacinadas até terça-feira, 75,8% (63 milhões) com o esquema vacinal completo, enquanto 58,0% (48,2 milhões) receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19.

A covid-19 provocou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde o início da pandemia.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.