Menos 124 famílias apoiadas pela Cáritas Funchal
O presidente da Cáritas Diocesana do Funchal, Duarte Pacheco, disse que no último ano existiu uma baixa significativa do número de famílias madeirenses apoiadas pela instituição de solidariedade, explicando que este número se deve, essencialmente, à retoma da economia após a pior fase da pandemia na Região. “No ano passado chegamos ao fim do ano com 729 famílias apoiadas e antes estávamos num universo de 853, algo que se deve ao regresso notório das pessoas às suas actividades profissionais”, referiu.
No entanto, Duarte Pacheco mostra muita preocupação com as consequências que o "vírus da Guerra" na Ucrânia vai trazer.
É uma realidade que nos assusta e estamos extremamente preocupados a ver o desenrolar desta situação. Vivemos uma pandemia que foi preocupante, conseguimos controlar, mas agora há uma nova realidade que é o vírus da Guerra e toda a consequência económica que daí advém Duarte Pacheco, presidente da Cáritas Diocesana do Funchal
Sobre o apoio prestado às famílias ucranianas a residir na Região, o presidente da organização solidária explicou que a única iniciativa que está a decorrer, de momento, é a nível nacional. "Estamos a seguir a linha da Cáritas Portuguesa onde foi aberta uma conta bancária, que tem como objectivo principal apoiar os refugiados que chegam a Portugal. Para além disso, também já sabemos que há muita coisa no terreno, e estamos a colaborar com a associação que está a fazer a recolha, mas é um caso pontual e não da nossa missão. A nossa missão está mais direccionada para a angariação das verbas", explicou à margem da conferência 'Economia e Pobreza, integrada na Semana Nacional da Cáritas.
Nesta iniciativa, José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, quis prestar o "tributo e reconhecimento" do Parlamento da Madeira ao trabalho que a Cáritas tem feito em prol da população madeirense.
A Cáritas tem vindo a fazer um trabalho extraordinário ao longo da sua história no combate à pobreza e à exclusão social. Cada vez mais esse trabalho é necessário porque saímos de uma pandemia que provocou, naturalmente, um acentuar das desigualdades sociais. Entramos agora num período se calhar ainda mais difícil que são as consequências desta Guerra no coração da Europa que, necessariamente, vai atingir os mais pobres dos mais pobres da nossa sociedade. É preciso encontrar os meios, públicos e privados, sobretudo através destas instituições de solidariedade social, para que as consequências da pandemia e da guerra tenham um menor impacto possível nas famílias e nas pessoas com menores rendimentos José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira