Alemanha com quase 200 mil casos num dia
A Alemanha registou hoje um novo máximo da incidência de casos de covid-19, numa sexta vaga que leva os Estados federados a ponderarem prolongar as restrições além de 20 de março, data prevista para a próxima flexibilização das medidas.
A incidência acumulada situa-se em 1.585,4 novas infeções por 100.000 habitantes nos últimos sete dias, depois de 1.543,0 na segunda-feira, 1.293,6 há uma semana e 1.437,5 há um mês, de acordo com dados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia atualizados hoje.
As autoridades de saúde registaram 198.888 novos positivos e 283 mortes em 24 horas, acima das 156.799 e 324 há uma semana, enquanto os casos ativos são estimados em cerca de 3.592.600.
Dado o avanço do subvariante BA.2 do coronavírus e o aumento de novas infeções, alguns Länder (estados federados), como Berlim, Hamburgo, Baviera e Renânia-Palatinado, já deram a entender a sua intenção de, para conter a pandemia, prolongar as restrições para além deste domingo, data em que, em princípio, a maioria das medidas será cancelada.
A nova fase de flexibilização das restrições inclui, no entanto, a manutenção de algumas medidas básicas de proteção, principalmente testes e máscaras, e podem ser introduzidas medidas adicionais sempre que sejam registados focos localizados.
Até segunda-feira, 76,5% da população alemã (63,6 milhões de pessoas) tinha sido vacinada, e 57,9% (48,1 milhões) tinham recebido uma dose de reforço.
Na sua conta de Twitter, o virologista e conselheiro do governo Christian Drosten avisa que "Hong Kong mostra, como era de esperar, que a Ómicron não causa apenas doença leve em pessoas idosas não vacinadas".
Hong Kong, que contabiliza e reporta autonomamente, em relação à China, os casos que regista, deu conta hoje de 27.765 novos casos de contágio e 289 mortes em 24 horas.
"A Alemanha ainda tem mais de dois milhões de pessoas não vacinadas com mais de 60 anos", recordou o virologista.
A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.