Madeira

Rui Barreto pede ao Ministério da Agricultura para baixar preço dos cereais

Secretário regional da Economia tomou iniciativa face ao aumento do preço de diversas matérias-primas de primeira necessidade e quer aplicar verbas de Bruxelas para reforçar o apoio ao sector da panificação.

Governante marcou presença na inauguração da 7.ª loja da Confeitaria, nos Barreiros. Foto Carolina Rodrigues
Governante marcou presença na inauguração da 7.ª loja da Confeitaria, nos Barreiros. Foto Carolina Rodrigues

Rui Barreto pediu autorização ao Ministério da Agricultura para mexer nas verbas provenientes de Bruxelas, nomeadamente o POSEI - fundo que esbate os problemas inerentes à insularidade - e, com isso, baixar o preço dos cereais, ajudar o sector da panificação e poupar o bolso dos madeirenses. Em traços gerais foi este o sinal que o secretário regional da Economia deixou na inauguração de uma nova Confeitaria, nos Barreiros.

"Já tomámos iniciativa para que, junto do Ministério da Agricultura, possamos aplicar verbas do POSEI para reforçar o apoio a este sector", precisou Rui Barreto, reforçando mais à frente que esse dinheiro comunitário seria utilizado para “diminuir os custos de importação e os custos de transportes” destas matérias-primas, como cereais, trigo e milho, para a Madeira.

Além disso, o governante recordou que "o Governo Regional tem procurado amortecer o impacto fortíssimo do preço dos combustíveis".

Esta semana, em termos de preços médios, a diferença de preços dos combustíveis é, na Madeira, menos 29 cêntimos ao litro do que no continente e no caso do gasóleo é mais barato 43 cêntimos ao litro. A subida dos preços dos combustíveis também é menor do que aquela que está a acontecer no continente.  Rui Barreto, secretário regional da Economia

Rui Barreto acabou por repetir por mais do que uma vez que esta “economia de guerra que se está a viver na Europa tem de ser tratada a uma escala europeia”.

“No mercado dos cereais, a União Europeia possa encontrar outros fornecedores, outras fontes de fornecedores, para que também a pressão da procura face à oferta se possa fazer de forma equitativa e mais justa. Devo lembrar a este respeito que o eurodeputado Nuno Melo apresentou uma proposta no Parlamento Europeu para que isso seja feito, assim como diligências têm sido feitas junto do Comissário Europeu para a Agricultura, porque o preço destas matérias-primas está a subir e isso, obviamente, terá reflexos nos consumidores. O que nós queremos é que esta escalada de preços possa ser atenuada”, reforçou.

Lay-off ainda é solução

O lay-off “é uma questão que poderá ser colocada em cima da mesa” pelos empresários directamente afectados pela escalada de preços dos combustíveis e das matérias-primas.

“No caso português há uma dependência do milho da Ucrânia, em 40%, pelo que obviamente há uma pressão sobre a procura e uma inflação muito significativa dos preços. Conjugado com a crise energética há sectores que podem ter um arrefecimento e, se isso se traduzir numa menor necessidade de recursos, podem também encontrar mecanismos para garantir rendimento”, especificou.