Guerra da Ucrânia trará novas questões sobre os direitos dos consumidores
José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, encerrou a conferência ‘O Consumidor Insular no Seio da Europa’, destacando que, devido à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, vão levantar-se novas questões relativamente aos direitos dos consumidores e ao cumprimento dos deveres dos produtores.
Nestes tempos conturbados de guerra, em que se perspetivam dificuldades e mesmo ruturas nos abastecimentos de bens essenciais, em que se assiste a uma subida generalizada dos preços das matérias-primas, da energia e dos combustíveis, em que existem problemas nas redes de logística, de transporte e de distribuição, e em que se regista uma inflação galopante, vão, com certeza, levantar-se novas questões relativamente aos direitos dos consumidores e ao cumprimento dos deveres dos produtores. José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira
Se a isto aliarmos a "uma previsível subida das taxas de juro", teremos “aquilo que os economistas denominam de estagflação, ou seja, uma estagnação económica associada a altas taxas de inflação”, disse o presidente da assembleia regional.
Destacou igualmente, que neste Dia Mundial dos Consumidores, existem três consequências resultantes desta situação de guerra que serão inevitáveis: em primeiro lugar, as alterações da geopolítica e da geoeconomia mundiais vão trazer “reflexos relevantes nas relações comerciais entre os diversos blocos políticos”.
Em segundo lugar, relativamente ao eixo económico transatlântico Europa- Estados Unidos torna-se “imperioso” que este seja reforçado e que permita um novo acordo comercial entre estas "grandes "economias.
E por fim, “haverá, com certeza, um retrocesso na globalização, tal como a conhecíamos, com o isolamento de alguns mercados”, destacou José Manuel Rodrigues.
Estas três consequências vão também influenciar a produção e o consumo e, inevitavelmente, os direitos dos consumidores, concluiu.
