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Somália pede ajuda internacional para enfrentar seca que atinge cerca de sete milhões de pessoas

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O primeiro-ministro da Somália, Mohamed Husein Roble, apelou hoje à ajuda internacional perante o agravamento da seca no seu país, a pior desde 2011, que afeta diretamente cerca de sete milhões de pessoas.

Roble sublinhou numa declaração emitida pelo seu gabinete que a situação "requer uma ação urgente" e afirmou que "três estações chuvosas consecutivas foram um fracasso, causando a destruição de campos e gado".

"A seca afeta cerca de 6,9 milhões de pessoas e mais de 9,5 milhões cabeças de gado. Mais de 2,6 milhões de pessoas enfrentam graves carências de água", alertou.

Segundo o chefe do Governo somali, quase meio milhão de pessoas foram deslocadas "durante os últimos dias" pela seca em zonas das regiões de Galmudug, Sudoeste e Jubalândia.

"Os níveis de água nos poços foram drasticamente reduzidos e há mortes confirmadas em várias áreas", anunciou Roble, avisando que, "se a situação continuar, conduzirá inevitavelmente a uma fome que matará muitos somalis".

O primeiro-ministro recordou que declarou o estado de emergência no final de 2021 e apelou à comunidade internacional a "auxiliar o povo somali, que sofre com a seca, para evitar uma fome que causará um número massivo de mortos e uma situação humanitária difícil de gerir".

"Apelo à ação imediata. Qualquer atraso no salvamento do nosso povo resultará na morte de muitas pessoas que hoje podem ser salvas", disse o primeiro-ministro somali, que juntou a sua voz a vários alertas de agências internacionais sobre a grave crise de seca na Somália e em outros países do Corno de África.

As Nações Unidas reconheceram na semana passada "imensas" necessidades no país, e o que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou que mais de meio milhão de pessoas poderão ser deslocadas até ao final de março por causa da seca.


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